Construção lidera casos de trabalho análogo à escravidão

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O setor de construção civil lidera os casos identificados pela fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) como trabalho escravo, superando a agricultura, conforme balanço da pasta sobre ações realizadas em 2013. Foram identificadas 849 pessoas em regime de trabalho análogo à escravidão na construção, segundo dados do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do MTE, divulgados nesta quinta-feira (15). A agricultura, até então a principal vilã do trabalho escravo no país, registrou 342 casos de pessoas libertadas do trabalho escravo no ano passado. Na pecuária foram resgatadas mais 276 pessoas. O grupo do MTE fez 36 fiscalizações no setor de construção, contra 44 na pecuária e 23 na agricultura. O Ministério realizou ao todo 179 fiscalizações em todo o País, conforme a Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), avaliando as condições laborais de 27.701 trabalhadores, formalizados ou não. O órgão identificou 2.063 pessoas sob situação análoga à escravidão e aplicou R$ 8 milhões em multas aos empregadores infratores, além de lavrar 4.327 autos de infração em razão das irregularidades encontradas. Os centros urbanos lideram a lista do trabalho escravo. Foram resgatadas 1.068 pessoas em áreas urbanas, o equivalente a 51,8% dos 2.063 resgates feitos no ano passado. Foi a maior quantidade de pessoas identificadas sob essa condição de trabalho em área urbana da série histórica do MTE, que fez 300 fiscalizações nessas regiões. O Estado com mais casos em área urbana foi Minas Gerais, onde foi feito o maior número de resgates. Foram 367 trabalhadores libertados na área urbana mineira, após 14 fiscalizações – a maior parte (173 casos) na construção. Já a Bahia ficou em quarto lugar, com 135 registros.

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