Dentro de presídio, traficante ‘Perna’ integra quadrilha de fraude a contas

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A Polícia Civil da Bahia divulgou, no início da tarde desta sexta-feira (18), que o traficante Genilson Lima da Silva, conhecido como “Perna”, que cumpre pena no Presídio Federal de Cantanduvas, no Paraná, está entre as seis pessoas que integram um esquema fraudulento que conseguia desviar dinheiro de contas de dentro de presídios.

Os suspeitos foram alvos da operação “Máscara II”, deflagrada nesta sexta-feira (18), em Salvador. Três dos homens tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos durante a manhã, capturados  nos bairros de Valéria e São Caetano, na capital, por equipe da Delegacia de Crimes Econômicos e contra a Administração Pública (Dececap). Eles estão custodiados na Unidade Especial Disciplinar (UED), à disposição da Justiça, informou a polícia.

O mandado de prisão de “Perna” foi encaminhado para o diretor do presídio paranaense. De acordo com a delegada Débora Freitas, titular da Dececap, o esquema era liderado por Antônio Marcelo dos Santos, outro suspeito de tráfico de drogas, que já cumpre pena no Presídio Lemos Brito (PLB). Líder da quadrilha, Antônio contava com apoio de “Perna” e de Ivan Pereira da Silva, também já preso na Lemos Brito.

A investigação aponta que, apesar de recolhido no Complexo Penitenciário da Mata Escura, o líder do esquema continuou aplicando o golpe contra empresários a partir da obtenção de informações sobre débitos de empresas junto à Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia para em seguida oferecer um acordo e o pagamento de apenas parte da dívida. Segundo a polícia, as vítimas acreditavam que iriam se “livrar” do débito e depositavam dinheiro nas contas indicadas pelos suspeitos, que se faziam passar por advogados.

O esquema
De acordo com a polícia, o crime foi desarticulado em 24 de agosto de 2011. O esquema também era integrado por Júlio Souza, o “Judson”, transferido para o Presídio de Catanduvas.

Com acesso a informações sigilosas da Sefaz, fornecidas por um ex- funcionário da instituição já  demitido, os estelionatários se passavam por advogado, auditor fiscal, delegado de polícia, oficial da PM, desembargador, dentre outros cargos, aponta a investigação.

A polícia ainda informa que a quadrilha negociava pendências fiscais com donos de empresas, oferecendo descontos para quitação da dívida. Em seis meses de atuação a quadrilha chegou a lesar as vítimas em aproximadamente R$ 1 milhão.

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