‘Escorregão’ causou olho roxo, diz ministro suspeito de agredir mulher

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O ministro Admar Gonzaga, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), rebateu acusações de que agrediu sua mulher, Élida Souza Matos, em documento de três páginas protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF). No texto, ele afirma que a companheira estava embiagrada e tinha descoberto ter uma doença, o que teria piorado sua a situação emocional dela e levado a uma crise de ciúmes. As informações são do jornal O Globo.

Élida registrou boletim de ocorrência em junho deste ano, contando ter sido agredida pelo marido. Em seguida, ela retirou a queixa, mas, em razão da Lei Maria da Penha, o processo teve continuidade. O caso tramita no STF por causa do cargo ocupado por Admar, o que lhe garante foro privilegiado.

A ministro afirmou que o olho roxo da mulher foi causado porque ela escorregou em Listerine derramado e bateu o rosto na banheira. “Tal lesão, pelo que me recordo, foi causada pelo tombo que se sucedeu ao escorregão que sofreu sobre o Listerine, e que a levou a bater com o rosto na banheira, mas jamais em face do alegado empurrão em seu rosto”, explicou ele, em documento encaminhado ao relator do caso no STF, o ministro Celso de Mello.

“Sobre os alegados ‘fatos subjacentes’, passo a afirmar a V.Exa., com o devido respeito e acatamento, que não são fatos, mas a versão expressada por uma pessoa acometida de grave crise de ciúmes, e que havia degustado algumas taças de vinho a mais, sem o acompanhamento de adequada alimentação. Assim como agravante para a desestabilidade emocional, sucedeu-se a descoberta de doença autoimune, denominada esclerodermia, conforme já revelado em petição da própria requerente, muito atormentada pela exposição que estamos sofrendo”, escreveu o ministro.

O ministro também negou ter agredido verbalmente Élida, e disse ter lhe empurrado em defesa própria. “Quanto ao empurrão, cabe dizer que o movimento não foi empregado como meio deliberado de agressão, mas movimentos em minha própria defesa, com o rosto virado em proteção aos meus olhos, ou seja, sem enxergar a minha esposa, que investia com suas unhas contra meu corpo, o que meu causou muitas feridas e me deixaram marcas permanentes; algumas muito próximas ao meu olho direito, o que poderia ter resultado em algo bem mais grave e permanente, conforme comprovam os impressos fotográficos em anexo”, argumentou Admar.

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