Lançado neste ano, o reestilizado Volkswagen Fox veio com uma missão bem clara: subir um degrau na escala dos hatches populares e ocupar o espaço do Polo, que vive à iminência da aposentadora, no cobiçado segmento dos compactos premiums.
Para isso, ganhou visual mais sofisticado e próximo do Golf, além de investir pesado em tecnologias, oferecendo (desde a versão mais básica) itens como direção elétrica e computador de bordo.
Porém, é a versão topo de linha Highline (desde R$ 49.590) que concentra as principais novidades mecânicas e eletrônicas do modelo, que estreou no Brasil em 2003 e teve sua primeira reestilização em 2009.
Tudo azul
Avaliamos por três dias uma unidade azul “Acqua” do Fox Highline, que despertou desde a primeira volta — como de costume em lançamentos com tonalidades chamativas — olhares curiosos por onde passava.
De fato, o novo visual deu um sopro de juventude ao hatch, que carregava o desenho anterior há cinco anos. Para identificar a versão mais cara, há detalhes como frisos laterais cromados e lanternas escurecidas.
Na cabine, o visual continua sóbrio e quadradão, sem espaço para invencionices, ao melhor estilo pragmático alemão. O que não é necessariamente um defeito, já que a qualidade construtiva, os encaixes das peças e os materiais empregados continuam elogiáveis.
Herança da primeira geração, o hatch conservou algumas das sacadas das minivans, como porta-trecos onipresentes — o destaque é a gaveta sob o banco do motorista — e posição de dirigir elevada.
Disputa acirrada
Bem equipado, o hatch traz de série itens como computador de bordo, retrovisores com luzes de seta integradas e função “tilt down” (que abaixa o espelho direito em marcha à ré), volante multifuncional e sensores de estacionamento traseiro e dianteiro.
Os equipamentos mais interessantes, porém, são opcionais, caso do controle eletrônico de estabilidade, do sensor de chuva, do piloto automático e da nova central “touch” com GPS, telefonia e som, que somados a itens secundários elevam o preço do hatch a salgados R$ 55.734.
Nessa faixa, a disputa com as versões topo de linha dos rivais é acirrada: Peugeot 208 (R$ 55.690), Ford Fiesta (R$ 55.590), Fiat Punto (R$ 54.940) e Citroën C3 (R$ 56.390). Se depender da tecnologia e do acerto mecânico, a versão mais cara do Fox vai dar trabalho à concorrência, mesmo custando tanto para um modelo pensado para ser popular e nascido há mais de uma década, sobre plataforma adaptada do atual — e defasado — Polo.
FICHA TÉCNICA
Motor: 1.6 L Flex
Potência: 120 cv/ 110 cv (E/G) a 5.750 rpm
Torque: 16,8 kgfm/ 15,8 kgfm (E/G) a 4.000 rpm
Câmbio: manual de seis marchas
Direção: elétrica
Suspensão: McPherson independente (dianteira) e eixo de torção (traseira)
Freios: discos ventilados (dianteira) e tambores (traseira)
Dimensões: 3,86 m de comprimento, 1,90 m de largura (sem espelhos), 1,55 m de altura e 2,46 m de entre-eixos
Rodas: 6J x 15
Pneus: 195/55 R15
Porta-malas: 270 litros
Tanque: 50 litros
Peso (ordem de marcha): 1.105 quilos
Preço: R$ 49.590