Na Globo, repórter negra vai para madrugada e Mari Palma é promovida

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Camila Silva, única repórter negra da área esportiva da Globo, foi transferida para a cobertura de crimes e tragédias nas madrugadas da emissora. A mudança, no entanto, chama atenção pela proximidade com a Copa do Mundo, quando, supostamente, a emissora precisaria de reforços. Contribui ainda para o mal estar, o recente protesto de artistas contra a escassa presença de negros nas produções globais, ancorada pela polêmica da novela Segundo Sol.

Os questionamentos continuam também por conta da promoção de Mari Palma, uma das maiores apostas da emissora para o período do mundial. Para que Mari pudesse compor o time esportivo, Camila teve que ser deslocada, segundo análise dentro da emissora.

De acordo com o Notícias da TV, a saída de Camila Silva do Esporte é uma perda. A jornalista era querida no departamento e agradava o público com seus textos leves.

“Passar pelo Esporte foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida pra eu entender o quanto amo o Jornalismo, como ele funciona, qual a minha função no mundo e como posso desempenhar meu papel pela vida sem passar em branco e sem perder _na automatização do dia a dia_ a empatia. Não foi um dia leve mas ninguém falou que só ia ser”, disse ela sobre a mudança.

Agora na madrugada, Camila cobre crimes, desabamentos, incêndios e outros casos.

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