No Recife, dia é de música e orações para o cantor Dominguinhos

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bacamarteirosUm evento em solidariedade ao cantor e compositor Dominguinhos levou, neste domingo (21), muito forró e uma enorme corrente positiva em torno da recuperação do sanfoneiro para a Torre Malakoff, no Bairro do Recife. A programação, que arrastou muitos curiosos para o local, teve direito a música, salva de tiros de bacamarteiros e um momento dedicado a orações.

Batizada de “Domingo para Dominguinhos”, a festa começou com a participação de vários sanfoneiros pernambucanos. Acompanhados de zabumba e triângulo, eles tocaram canções conhecidas do compositor natural de Garanhuns. “O grande objetivo aqui é celebrar a ótima música de Dominguinhos e, claro, unir forças para a recuperação deste homem, o maior representante da sanfona nacional”, afirmou o organizador do evento, Marcos Veloso.
Vindos de Abreu e Lima, um grupo de oito bacarmateiros também faz parte da programação. De acordo com um deles, José Carlos, os integrantes nem pestanejaram quando receberam o convite para participar da homenagem a Dominguinhos. “Todo bacamarteiro que se preze escuta forró pé-de-serra, em especial a música desse ilustre sanfoneiro. Quem não escuta, a gente tira logo do grupo”, brincou Carlos.

Enquanto aguardava para se apresentar, o músico Agostinho do Acordeon relembrava com um ar de saudosismo os momentos em que tocou junto com Dominguinhos e Luiz Gonzaga. Com 74 anos de idade, dos quais 57 dedicados ao instrumento, Agostinho aguarda com esperança a recuperação do amigo. “É uma honra tocar em homenagem a ele, mas seria uma honra ainda maior se ele estivesse aqui, sadio”, desabafou.

O “Domingo para Dominguinhos” segue até o início da noite, quando está previsto, por volta das 18h30, um momento de orações conduzido pelo Padre Moura. O último show de Dominguinhos aconteceu em 13 dezembro de 2012, na festa do centenário do Rei do Baião, em Exu, sertão pernambucano. No dia 17, ele foi internado, no Recife, com infecção respiratória e arritmia cardíaca. Em janeiro, o sanfoneiro acabou sendo transferido para o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, onde permanece sem previsão de alta.

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