No Facebook, estudantes pedem o fim do Enem

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Estudantes criaram um evento no Facebook para protestar contra os erros do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O evento recebeu o nome de “PROTESTO CONTRA o Vexame Nacional do Ensino Médio” e tem, pelo menos, cinco páginas: Cuiabá, Porto Alegre, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Niterói. Também foi criada, na internet, uma petição pública intitulada “Abaixo-assinado ENEM para todos ou para ninguém”. 

O evento com maior número de confirmações, até o momento,  é o do Rio de Janeiro, com 4.248 pessoas. A descrição pede o fim do Enem como forma de ingresso nas universidades: “Queremos a volta dos vestibulares individuais de cada universidade e o uso do Enem apenas para avaliação do ensino médio”.

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A manifestação está marcada para 13 de novembro na praia de Copacabana, em frente ao Copacabana Palace. Em um dos comentários, Maiara da Silveira Araújo sugere que o protesto seja realizado nas proximidades das universidades que aderiram ao Enem. “Acho mais eficaz fazermos protestos por todas as cidades do Brasil pressionando principalmente as universidades que aderiram ao Enem para que percebam que não está funcionando isso”, escreveu Maiara em seu comentário.

A descrição da página do Facebook de Porto Alegre indica: “O objetivo não é a anulação do Enem esse ano. O objetivo é o fim do Enem [como está sendo feito] em definitivo. Queremos fazer pensar sobre e chamar a atenção para todos os problemas que vem acontecenco e para o desrespeito para como os alunos”.

Procurador pede anulação do exame

O procurador da República no Ceará Oscar Costa Filho vai entrar nesta quinta-feira (27) com uma ação judicial para que o MEC (Ministério da Educação) anule todo o Enem 2011 ou, pelo menos, as treze questões disponibilizadas aos alunos do colégio Christus antes das provas. “O que está na recomendação [enviada ontem para o Inep], nós vamos pedir judicialmente”, afirmou.

“O MEC reconheceu a violação da igualdade, mas quando foi corrigir gerou mais desigualdade ainda. Como dizer que são todos os alunos do colégio que tiveram acesso às questões e que foram só eles que viram o material. É um critério discriminatório”, disse o promotor sobre o fato do MEC ter decidido anular somente as provas dos candidatos do colégio.

Para Costa Filho, a decisão do ministério fere o princípio da igualdade e não é justificável. “O vício está na prova. Eu não posso presumir que o vício está no candidato. A correção da igualdade será feita por meio de uma correção jurídica”, disse.

Na tarde de ontem (26), o MEC descartou a possibilidade de anular as questões do Enem 2011. Segundo a assessoria do ministério, anular os itens feriria a isonomia em relação aos outros estudantes do país, já que, em tese, somente os alunos do Christus tiveram acesso às questões do pré-teste. Ainda de acordo com o MEC, a discussão sobre os itens só surgiu na internet depois que as provas foram concluídas.

O colégio Christus também vai recorrer da decisão do MEC de anular a prova dos alunos da escola. Em nota divulgada em seu site na noite desta quarta-feira (26), o colégio diz que “considerando que o direito brasileiro só admite a aplicação de sanções quando haja a prática de ilícito, e que o restabelecimento da isonomia, no caso, apenas se cumpriria legalmente com a anulação das questões sob suspeita, o COLÉGIO CHRISTUS promoverá a defesa dos direitos de seus alunos na esfera administrativa e judicial”.

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