Sequestrador de ônibus se entrega no Rio

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Um homem identificado como Paulo Alberto, que mantinha reféns dentro de um ônibus parado na Avenida Brasil, na altura do Shopping Guadalupe, no Subúrbio do Rio, se entregou às 19h30 deste sábado (10). O Centro de Operações da Prefeitura do Rio informou que a pista lateral, sentido Zona Oeste, da Avenida Brasil, naquele trecho, está interditada. Os motoristas que seguem para a Zona Oeste pela via devem desviar para a pista central. Há lentidão no trecho.

Segundo policiais do batalhão, o homem tentava assaltar os passageiros quando o ônibus foi interceptado por uma equipe do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE), por volta das 17h. O homem então pegou uma passageira como refém e também reteve o motorista no veículo. A jovem, segundo a polícia, se chama Rafaela. Os demais passageiros conseguiram deixar o coletivo, segundo a polícia.
sequestro1Segundo o BOPE, três pessoas estariam dentro do coletivo: o motorista, Rafaela e o sequestrador.  De acordo com informações da polícia, o ônibus é da linha 723 (Mariópolis – Cascadura).

O Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope) está no local para tentar negociar a liberação da passageira. Uma guarnição do Corpo de Bombeiros, por prevenção, também está na região.

Por volta das 18h30, um homem da equipe de negociação do Bope conversava com o sequestrador pela janela do ônibus. Segundo policiais, o cobrador também estava no ônibus, mas foi liertado segundo o major Corbage, porta-voz do Bope.

Às 18h50, segundo a polícia, 28 agentes estavam no local acompanhando a negociação. Por conta da faixa inteditada, o engarrafamento chegava a Irajá.

Às 19h30, segundo informações de policiais, o sequestrador estaria mostrando a disposição de se entregar. Ele já entrogou documentos para a polícia.
Ônibus 174
No dia 12 de junho de 2000, às 14h20, Sandro do Nascimento, entrou no ônibus 174, armado. A polícia logo cercou o ônibus na Rua Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio. Sandro manteve dez reféns dentro do ônibus. Atirou contra policiais, exigiu armas e um motorista para fugir.

O sequestrador simulou matar uma estudante. Apontou a arma para uma passageira durante duas horas e fazia ameaças : “delegado, já morreu uma, vai morrer outra”.

Depois de quatro horas e meia de tensão, Sandro do Nascimento desceu do ônibus, usando como escudo uma passageira, a professora Geisa Gonçalves. Um soldado atirou. O sequestrador reagiu.

Os tiros buscar atingiram apenas a professora, que morreu. Dominado por policiais, Sandro do Nascimento foi levado para um carro da PM. Chegou morto ao hospital. Segundo a perícia, ele foi asfixiado. Em 2002, três PMs foram absolvidos da acusação de matar o sequestrador.

A tragédia do 174 virou documentário e teve repercussão internacional. O filme lembrava que Sandro do Nascimento tinha sobrevivido à chacina da Candelária. Na chacina, no dia 23 de julho de 1993, 8 menores de rua foram assassinados.  Seis policiais militares foram julgados pelas mortes. Três foram condenados e três, absolvidos. O ônibus 174 fazia a linha Gávea-Central, e tinha saído do ponto final, próximo à Favela da Rocinha.

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