Bovespa fecha em queda de mais de 3%; Banco do Brasil desaba 21%

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de mais de 3% nesta terça-feira (15), tendo como pano de fundo a queda de commodities, enquanto o componente político também pressiona, em meio a notícias de que cresceram as chances de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumir um ministério no governo da presidente Dilma Rousseff.

O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, fechou em baixa de 3,56%, a 47.130 pontos, na segunda queda seguida. Veja a cotação.

No mês, o ganho acumulado foi reduzido a 10,13% Até a última sexta-feira, o índice de referência do mercado acionário local acumulava alta de 16%.

No ano, a bolsa tem valorização de 8,72%.

BB cai mais de 20%
As ações ordinárias do Banco do Brasil lideraram a queda entre ações do Ibovespa, recuando 21,17%, pressionado pelas incertezas na esfera política. Trata-se da maior queda percentual diária em 20 anos, desde março de 1996. O banco estatal, que vinha subindo com força neste mês, perdeu nesta sessão R$ 13,5 bilhões em valor de mercado, destaca a Reuters.

Foi a segunda queda seguida dos papéis do BB, que até sexta-feira acumulavam alta de quase 70% no mês, em um dos melhores desempenhos do Ibovespa em março. Mesmo assim, o banco ainda acumula alta de cerca de 30% no mês.

As preferenciais da Petrobras caíram 10,68%, também na esteira de apreensões ligadas ao cenário político e com o petróleo recuando pelo segundo dia. Os papéis da petroleira também acumulam ganhos fortes em março, de quase 30%, mesmo com a perda nesta sessão.

Gerdau perdeu 10,04% em sessão negativa para o setor siderúrgico, com o prejuízo do grupo de R$ 41 milhões no quarto trimestre e o anúncio de cortes nos investimentos também em foco. Usiminas caiu 15,68% e CSN recuou 12,28%. As ações do setor ainda lideram as altas do Ibovespa no acumulado do mês.

Itaú recuou quase 6%, queda semelhante à do Bradesco.

Cenário político
Lula deve se reunir ainda nesta terça-feira com a presidente Dilma para acertar as condições para integrar o governo. O ex-presidente estaria negociando, segundo noticiou a imprensa, mudanças na política econômica.

O ex-presidente ficaria encarregado das relações políticas, em um momento em que o PMDB, principal partido da base aliada, dá sinais de que pretende se afastar do governo, com alguns membros do partido apoiando o processo pelo impeachment de Dilma.

Entre agentes financeiros, o entendimento é que o retorno de Lula possibilitaria sobrevida do atual governo, o que preocupa, uma vez que os mesmos avaliam que a melhora das perspectivas econômicas passa por troca do governo. Há temores também sobre as eventuais alternativas do governo para reanimar a economia.

Na véspera, o Ibovespa terminou o pregão com baixa de 1,55%, a 48.867 pontos.

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