Em 1º dia de operações do Uber, app aponta ‘carros não disponíveis’ na BA

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O primeiro dia de operações do aplicativo Uber em Salvador foi marcado pela indisponibilidade de veículos para os usuários. Durante a tarde, a partir das 15h, as solicitações feitas pelo G1 resultaram em mensagens do aplicativo informando que nenhum carro estava disponível.

Por volta de 16h20, uma equipe do G1 solicitou um carro do Uber na Avenida ACM, na região do Iguatemi, e foi a única vez em que o aplicativo localizou um motorista cadastrado. No entanto, a corrida foi cancelada pelo condutor após espera de mais de 20 minutos. Em seguida, uma mensagem apareceu no aplicativo informando que seria cobrada do solicitante uma taxa de cancelamento de R$ 6 (valor mínimo da corrida), descontados do cartão de crédito previamente cadastrada.

A gerente de comunicação do Uber, Letícia Mazon, informou que o problema é causado pela pouca quantidade de carros cadastrados nesta quinta-feira. O número de motoristas credenciados para o início da operação na capital baiana não foi divulgado pela empresa.

“Nesse começo, ainda tem poucos carros cadastrados na plataforma. Principalmente nessas primeiras horas pode ser que haja uma dificuldade de encontrara carros disponíveis na cidade”, destacou Mazon.

Salvador passa a ser a 10ª cidade do país a receber o serviço, mesmo após a prefeitura ter se posicionado contra a atuação da empresa, também alvo de críticas por taxistas que consideram o serviço um “concorrente desleal”.

Presente em mais de 400 cidades de 70 países, o Uber começou a credenciar motoristas em Salvador no mês de março.
A assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, que classifica a atuação do Uber como clandestina, informou que ainda não deu início ao processo de fiscalização do transporte nesta quinta-feira.

Na quarta, o secretário da pasta, Fábio Mota, disse que a prefeitura vai apreender veículos de motoristas flagrados trabalhando para a empresa e os condutores também poderão ser multados.

O diretor do Sindicato dos Taxistas de Salvador, Antônio Cruz Melo, informou que a categoria está revoltada com o início da operação do Uber, mas disse que não houve nenhuma ocorrência envolvendo a categoria com os motoristas da empresa. Ele argumenta que o serviço prejudica os trabalhadores, entre outros motivos, por cobrar mais barato que os táxis.

“A categoria está revoltada e querendo se manifestar. Isso é uma guerra fria. Eles disseram que iriam iniciar hoje, mas até agora não vimos nenhum movimento. Estamos aguardando a situação para ver quais medidas vamos tomar”, destacou.

Início da operação
A informação sobre o início das operações do Uber em Salvador foi passada ao G1 pelo diretor de comunicação da empresa, Fábio Sabba. No Brasil, a empresa já atua com mais de 10 mil condutores em Brasília, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo.

O prefeito ACM Neto se mostrou contra a circulação do transporte alternativo na cidade durante divulgação do novo regulamento de táxis, no mês passado.

O diretor de comunicação do Uber, Fabio Sabba, argumenta que a empresa está de acordo com a política nacional de mobilidade urbana e que o serviço oferecido é diferente do que é prestado pelos taxistas. Além disso, segundo ele, o Uber tem a pretensão de ser uma alternativa ao uso do carro particular pelas pessoas.

No Uber, a tarifa base é de R$ 2,50. O preço por quilômetro percorrido é de R$ 1,21, enquanto o preço por minuto é R$ 0,20. Os carros precisam ser novos (a partir de 2008), ter no mínimo quatro portas e possui ar-condicionado.

Já os taxistas cobram bandeirada de R$ 4,81 mais o valor da bandeira 1 (que custa R$ 2,42 por km rodado) ou bandeira 2 (que custa R$ 3,38). O valor para hora parada é de R$ 24,12 (R$0,40 por minuto).

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