Homem entra armado em agência do INSS na BA; peritos denunciam riscos

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A entrada de um homem armado em um consultório de perícia médica da Agência de Previdência do bairro de Brotas, maior unidade de Salvador, provocou reações da Associação Nacional de Médicos Peritos (ANMP) e Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), que promoveram uma coletiva à imprensa na tarde desta segunda-feira (28).

As entidades denunciam a demissão de profissionais de vigilância e a retirada de itens de segurança das unidades da capital sob a justificativa de contenção de gastos.

Conforme Edriene Teixeira, diretora da ANMP, a identificação de homem armado na agência de Brotas ocorreu na manhã de quarta-feira (23). O segurado, que estava afastado do trabalho após ferida em uma das pernas, reclamava da alta médica emitida pela unidade.

“Numa perícia anterior foi verificado que ele não estava mais incapaz e, cessado o benefício para retorno ao trabalho, ele vinha para uma perícia que chamamos de reconsideração, que é quando o indivíduo que teve o benefício cessado tem a oportunidade de fazer uma nova avaliação parcial para verificar se houve alguma modificação daquela situação anterior que cessou o benefício”, conta.

Teixeira afirma que o homem chegou a unidade nervoso e fez ameaças à perita que promovia o atendimento. “Ele adentrou no consultório já muito ríspido, muito nervoso, reclamando da alta, dizendo que teve perdas financeiras por causa do INSS, que isso não ficaria assim”, detalha. Após ouvir as reclamações, a médica examinou o segurado e identificou a arma.

“Ela [a perita] foi examiná-lo. Ao examinar, ela percebeu que ele estava armado e disse que ele não poderia entrar armado. Ela saiu pela rota de fuga e foi para o consultório ao lado, acionou a segurança, porque não tem botão do pânico, nem alarme para acionar imediatamente”, afirma a diretora da ANMP.

Teixeira acrescenta que o homem se identificou como policial à vigilância e saiu da unidade. “O vigilante desarmado diante de uma pessoa com revólver municiado nada pôde fazer e ele [o segurado] evadiu-se”. Os dados do beneficiário foram repassados para a Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários (Deleprev), que integra a estrutura da Polícia Federal. O órgão investiga o caso.

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