Jaques Wagner atribui protestos à crise econômica e critica oposição

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Após se reunir com a presidente Dilma Rousseff e a coordenação política do governo, o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, atribuiu nesta segunda-feira (14) os protestos do domingo (13) à crise econômica que o país está enfrentando e criticou o que chamou de “agenda única” da oposição do impeachment. Esta foi a primeira entrevista de um integrante do primeiro escalão após os protestos.

Na manhã desta segunda, a presidente Dilma Rousseff comandou a reunião semanal da coordenação política na qual avaliou, ao lado de ministros e líderes do governo no Congresso, o impacto das manifestações no processo de impeachment que ela enfrenta no parlamento.

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“Avaliamos que há, sim, uma rejeição, e que o povo está cansado e abusado da classe política. Não tem ninguém fazendo oposição ou sendo propositivo. Assim como o empresário que está cansado de tanta indefinição”, declarou Wagner em uma entrevista coletiva em seu gabinete no Palácio do Planalto.

Aos jornalistas, o chefe da Casa Civil também relacionou diretamente as manifestações deste fim de semana com o atual cenário econômico.

“As pessoas estão indo para as ruas por quê? Tudo contribui, mas o carro-chefe é a vida das pessoas, ou seja, leia-se ‘economia’. Se tudo tiver uma maravilha, o cidadão não está nem olhando”, enfatizou.

Segundo ele, o governo tem de “reagir” ao cenário econômico, “intensificar” o diálogo com a base aliada e colocar os ministros de todos os partidos para conversar com o Congresso Nacional.

Reforma política
Um dos principais auxiliares da presidenteDilma Rousseff, Wagner avaliou que a população deveria fazer a mesma “pressão” que demonstrou neste domingo para que o país aprove uma reforma política “efetiva”.

Ainda sobre as manifestações, o ministro acrescentou que desde janeiro do ano passado parte da oposição tem “agenda única”, que é o impeachment da presidente da República. “Quer dizer, eles estão interditando o país”, observou.

Indagado sobre se o governo está na “UTI de um hospital”, o ministro retrucou: “Não gosto desse tipo de expressão porque tem tanta gente que se recupera rapidamente. Não acho isso, mas sei que tem dificuldades, sim, principalmente na economia.

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