A Polícia Civil da Bahia deflagrou a primeira fase da Operação Sucata Invisível, conduzida pelo Núcleo de Repressão ao Crime Organizado (DRACO) de Vitória da Conquista.
A ação visa combater fraudes fiscais milionárias em ferros-velhos de várias cidades do estado, com foco inicial nos municípios de Ipiaú e Jequié. A estimativa é que o esquema tenha causado um prejuízo de aproximadamente R$ 2 milhões aos cofres públicos.
As investigações apontaram um esquema de venda de sucatas, como cobre e ferro, sem o devido recolhimento de impostos, configurando crime contra a ordem tributária. Delegados e investigadores do DRACO contaram com o apoio da Secretaria Estadual da Fazenda (SEFAZ) e de peritos do Departamento de Polícia Técnica (DPT) para desarticular o esquema.
Fraude fiscal e sonegação
O caso começou com a apreensão de uma carga de materiais avaliada em R$ 60 mil, sobre a qual foi sonegado um imposto de 12%. Documentos fiscais e eletrônicos foram recolhidos durante a operação e servirão como provas das irregularidades.
Um dos exemplos mais emblemáticos é o de uma empresa com mais de dez anos de atividade que declarou apenas R$ 17 em impostos durante todo o período de atuação. Além disso, pelo menos dez trabalhadores nos depósitos e escritórios não possuíam registro em carteira, o que será reportado ao Ministério do Trabalho para providências legais.
Impacto da operação
A Operação Sucata Invisível destaca a gravidade da evasão fiscal no setor de sucatas e a necessidade de ações rigorosas para proteger os recursos públicos. Os trabalhos de investigação e coleta de provas continuam, e a operação não tem data para ser encerrada.
Segundo a Polícia Civil, as ações devem alcançar outras regiões do estado nas próximas fases, garantindo que fraudes semelhantes sejam identificadas e combatidas.
O DRACO reforça o compromisso de seguir atuando de forma estratégica para desmantelar organizações criminosas que impactam negativamente a arrecadação tributária e prejudicam a economia local.








