Mortes por bebidas adulteradas com metanol chegam a 7 no Brasil; autoridades intensificam fiscalização

O número de mortes suspeitas causadas pelo consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol subiu para sete em todo o Brasil, segundo autoridades de saúde. O alerta nacional foi reforçado após o governo de Pernambuco confirmar, nesta terça-feira (1º), dois novos óbitos associados ao consumo de produtos ilegais.

Em São Paulo, já haviam sido registradas cinco mortes e pelo menos 22 casos de intoxicação em investigação, o que levou o Ministério da Justiça a acionar a Polícia Federal (PF) para apurar um suposto esquema de adulteração ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).

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Casos em Pernambuco

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE), três pessoas deram entrada em hospitais com sintomas graves de intoxicação.

  • Duas morreram após o consumo da bebida.
  • O terceiro paciente sobreviveu, mas perdeu a visão.

As vítimas eram moradores das cidades de Lajedo e João Alfredo, no Agreste pernambucano. Os corpos foram encaminhados ao Instituto de Medicina Legal (IML) para exames.

A Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) intensificou a fiscalização em depósitos e distribuidoras de bebidas, além de manter contato direto com órgãos federais para tentar rastrear a origem da adulteração.

Operação em São Paulo

O governo paulista confirmou que a polícia fará nesta quarta-feira (2) vistorias em depósitos de três revendedoras suspeitas de distribuir as bebidas adulteradas para bares e restaurantes onde ocorreram os casos de intoxicação.

Segundo o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ação envolve forças policiais e órgãos de vigilância sanitária para “identificar a origem das bebidas adulteradas e punir com rigor os responsáveis”.

Risco do consumo de metanol

O metanol é uma substância altamente tóxica, que pode causar:

  • Náuseas e vômitos intensos
  • Falta de ar
  • Danos ao fígado e rins
  • Cegueira irreversível
  • Morte em casos graves

A recomendação das autoridades é que a população evite consumir bebidas alcoólicas de procedência duvidosa, especialmente quando oferecidas a preços muito abaixo do mercado.