Segundo estimativas da organização do concurso público da Prefeitura Municipal de Feira de Santana, mais de cinco mil candidatos estiveram presentes na manhã deste domingo (25), na Universidade Estadual de Feira de Santana.
O local concentrou a maioria dos 19 mil inscritos para o certame, o que gerou um longo congestionamento na BR-116 Norte, sentido Feira-Serrinha.
O intenso fluxo na rodovia fez com que muitos deixassem os veículos em que estavam e caminhassem até a Universidade, ainda a tempo de ter acesso ao local da prova.
A organização do concurso contabilizou a ausência de 3.697 candidatos, o que representa a abstenção de 18,6%. O número foi considerado normal e ficou abaixo do indíce da última edição do vestibular realizado pela UEFS, em janeiro deste ano, que foi de 28%.
Tentando minimizar o congestionamento, o gerente de contratos Albérico Santos, teve uma manhã de guarda rodoviário e revolveu por conta própria controlar o tráfego na rodovia. “Temos que fazer a nossa parte, colaborar e ver a necessidade dos outros em fazer o concurso e entrar em tempo hábil. Infelizmente não houve organização para isso”, opinou.
Os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) chegaram logo depois e bloquearam o sentido Serrinha-Feira, dando a preferência a quem trafegava pelo retorno em frete a UEFS. “Paramos o trânsito na via principal em um sentido dando prioridade a quem veio fazer o concurso”, disse o inspetor Ramalho Souza.
Mesmo assim, ainda teve quem se atrasou devido a lentidão do transito e ficou sem responder a prova. Foi o caso de Vanilda Pereira, que concorreria a uma das vagas para secretária escolar. “Do bairro Cidade Nova para UEFS eu gastei uns quarenta minutos. Foram muitas pessoas em direção a Universidade. Estou frustrada, pois me preparei muito e por causa de três minutos não entrei”, afirmou.
Outras duas candidatadas também chegaram atrasadas e não tiveram acesso ao local de prova. As amigas Gilvânia Araújo e Patrícia Araújo, que concorriam a vaga de secretária escolar e pedagoga, respectivamente, travaram um verdadeira maratona, mas o esforço foi insuficiente. “Descemos na pista, mas não dei tempo de chegar”, afirmou Patrícia.
O Pró-reitor de Graduação e membro da comissão organizadora do concurso, Rubens Alves, disse que a PRF foi solicitada formalmente e com antecedência. “Infelizmente fomos surpreendidos com a notícia de que não tinham contingente suficiente para ajudar a disciplinar a entrada dos candidatos na UEFS. Eles chegaram próximo ao horário de fechamento do portão, o que tumultuou um pouco, mas não houve nenhuma ocorrência mais séria”, avaliou.
Dentro do local de prova o clima era de tranquilidade para os candidatos e também de dúvidas sobre uma futura suspensão do concurso, já que o Ministério Público do Estado da Bahia pediu junto a Justiça o cancelamento do processo seletivo. O concursando Djavan Aragão Pereira dos Santos, destacou o fato da elaboração da prova ficar a cargo da UEFS. “O que prejudicou foi o congestionamento, deveriam ter melhor distribuído os locais de prova, mas espero fazer uma boa prova e ser aprovado”, afirmou.
Jamile Ramalho disse que estava em dúvida sobre a realização da prova e criticou a lentidão do transito e falta de controle de trafego. A candidata teve que se deslocar a pé para chegar antes do fechamento dos portões. “Vou fazer uma prova tensa, nervosa. Eu temo fazer uma nova por causa desses rumores de suspensão”, disse. A candidata Rita da Conceição, que concorre para a vaga de professor, acredita que não haverá problemas no concurso. “Espero conseguir a vaga que tanto almejo”, afirmou.
Após o fechamento dos portões, ficaram do lado de fora da Universidade vários pais e familiares que aguardavam os concursandos. Jussara Maia, que é de Salvador, estava aguardando a filha, que concorria uma das vagas para professor. “Estou muito tranquila e bastante esperançosa. Ela é uma boa estudante e estamos na expectativa de nos mudarmos para Feira”, explicou.
