Nesta quarta-feira (18), o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, se reuniu com o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, para alinhar os últimos detalhes da Operação São João 2025, a maior já realizada no estado durante os festejos juninos. Com investimento de R$ 30 milhões, a operação envolve 12 mil profissionais das forças de segurança e será realizada em 281 municípios baianos, com foco em policiamento reforçado, uso intensivo de tecnologia e integração entre diversos órgãos públicos.
A maior operação junina da história da Bahia
De acordo com Marcelo Werner, esta será a mais robusta operação de segurança em festas juninas já realizada no estado. Estarão mobilizados policiais militares, civis, bombeiros, agentes rodoviários e técnicos, tanto na capital quanto no interior. Só a Polícia Militar da Bahia (PMBA) atuará com 7.251 policiais distribuídos em 269 festas no interior e 12 eventos na capital e na Região Metropolitana de Salvador.
O policiamento será feito por meio de patrulhas a pé, viaturas, motocicletas, cavalaria, drones, helicópteros e bases móveis. Grandes eventos contarão com portais de abordagem, câmeras corporais e presença da Ronda Maria da Penha, voltada à proteção de mulheres.
Tecnologia e inovação no combate ao crime
A Operação São João contará com 1.500 câmeras de videomonitoramento, sendo 500 com reconhecimento facial. Os equipamentos serão usados para contagem de público, identificação de suspeitos e prevenção de crimes. Segundo Werner, a tecnologia já foi responsável pela captura de mais de 1.090 foragidos da Justiça no estado.
O sistema também permitirá o lançamento instantâneo de boletins de ocorrência, possibilitando atuação mais rápida das equipes de campo. “É uma operação baseada em inteligência, com apoio tecnológico em tempo real para coibir furtos, identificar quadrilhas e garantir a segurança da população”, destacou o secretário.
Estrutura integrada na capital e no interior
A coordenação central ocorrerá no Centro de Operações e Inteligência (COI), em Salvador, com a participação de 20 órgãos estaduais, federais e municipais. No interior, os Centros Integrados de Comunicação (CICOMS) funcionarão como bases regionais de comando, articulando com prefeituras e forças locais.
Além do policiamento, a operação terá atenção especial a grupos vulneráveis, com postos de atendimento para denúncias de racismo, violência contra mulheres, idosos, crianças e a população LGBTQIAPN+. A ação envolve diversas secretarias estaduais e a Defensoria Pública da Bahia, além da Ouvidoria Geral do Estado, que acompanhará os atendimentos.
Atuação do Corpo de Bombeiros e prevenção de acidentes
O Corpo de Bombeiros Militar da Bahia terá 7.521 profissionais envolvidos na operação, com foco em prevenção a queimaduras, fiscalização de fogueiras e fogos de artifício, além de atendimento pré-hospitalar nos principais pontos de festa. O investimento para essa área foi de R$ 3 milhões.
Segundo o comandante-geral dos Bombeiros, coronel Aloísio Mascarenhas, vistorias técnicas começaram há um mês em espaços de festa. A atuação também contará com apoio do Departamento de Polícia Técnica (DPT), responsável pela fiscalização e retirada de artefatos irregulares.
Segurança nas rodovias estaduais
Nas estradas baianas, a Polícia Rodoviária Estadual intensificou as fiscalizações com radares, etilômetros e barreiras, focando nos trechos de maior fluxo para evitar acidentes e combater crimes.
O secretário Marcelo Werner ressaltou que o sucesso da operação também é fruto do reforço no efetivo, com a posse de novos profissionais da segurança pública no final de 2024 e início de 2025. “Mesmo nos municípios sem festa, haverá presença policial. É uma cobertura total do território baiano”, afirmou.








