Será que temos um “foguete natural” vindo de outro sistema estelar? O objeto interestelar 3I/ATLAS, que atravessa nosso Sistema Solar, está chamando atenção da comunidade científica após novas observações revelarem algo surpreendente: sinais claros de aceleração não gravitacional (NGA) — como se tivesse ligado um motor invisível.
O que está acontecendo com o 3I/ATLAS?
Astrônomos detectaram que a trajetória do 3I/ATLAS não está sendo guiada apenas pela gravidade do Sol e dos planetas. O fenômeno é resultado da liberação de gases e poeira, que formam uma coma brilhante e uma cauda, típicas de cometas. Esse processo funciona como um “motor natural”, empurrando o objeto suavemente pelo espaço.
Um estudo publicado no arXiv, repositório internacional de pesquisas científicas, descreveu a aceleração como “estatisticamente significativa”, com valores mensuráveis que reforçam a ideia de que não estamos lidando apenas com um corpo rochoso passivo, mas com um verdadeiro cometa interestelar.
Por que isso é importante?
Essa descoberta não é apenas curiosidade astronômica. A análise da aceleração permite estimar quanto material o 3I/ATLAS está perdendo e revelar detalhes sobre sua composição química, possivelmente muito diferente dos cometas locais. Trata-se de uma chance rara de estudar um objeto que veio de outro sistema estelar, carregando informações sobre a formação de mundos distantes.
Mistério ou coincidência?
A pergunta que muitos estão fazendo é: “o 3I/ATLAS ligou o motor?”. Claro que a explicação científica é o processo natural de sublimação de gelo, mas o fato de um corpo celeste alterar sua trajetória por forças não gravitacionais sempre levanta debates, especialmente depois do famoso ‘Oumuamua, que também intrigou cientistas em 2017.
Por enquanto, telescópios do mundo todo continuam monitorando o visitante cósmico. Cada nova medida pode trazer pistas não apenas sobre sua origem, mas também sobre os segredos escondidos em sistemas estelares vizinhos.