O governo federal revisou para baixo a projeção do salário mínimo de 2026, que passou de R$ 1.631 para R$ 1.627. A nova estimativa reflete o comportamento mais moderado da inflação ao longo do ano, um dos principais componentes da fórmula de reajuste do piso nacional.
Os dados foram enviados ao Congresso pelo Ministério do Planejamento para subsidiar a análise do projeto de Orçamento do próximo ano.
A prévia da inflação oficial, medida pelo IPCA-15, registrou alta de 0,20% em novembro, após avançar 0,18% em outubro. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice atingiu 4,5%, entrando novamente dentro do intervalo da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Apesar disso, o indicador usado para corrigir o salário mínimo é o INPC, calculado com base no custo de vida das famílias de menor renda. O resultado atualizado será divulgado no dia 10, e só então o valor final do piso para 2026 será confirmado.
Se a previsão do governo se mantiver, o salário mínimo terá um reajuste de aproximadamente 7,2% em relação ao valor atual, fixado em R$ 1.518. A nova política de valorização do mínimo combina a inflação do período com o crescimento do PIB de dois anos antes, garantindo correção real sempre que houver expansão econômica.
A estimativa revisada reforça o impacto direto da inflação mais baixa nas contas públicas, já que o piso salarial influencia aposentadorias, pensões, benefícios sociais e auxílios vinculados ao salário mínimo. A definição final deverá constar na versão aprovada do Orçamento de 2026.
