Policiais da 12ª COORPIN, participaram da Operação Terra do Nunca

Policiais da 12ª COORPIN (Coordenadoria de Polícia do Interior), participaram da Operação Terra do Nunca desencadeada simultaneamente em três estados da Federação. Os policiais de Itaberaba e região operaram em Barreiras, oeste Baiano onde cumpriram com êxito suas missões. Coordenaram as equipes da 12ª Cooprin o Delegado Titular de Itaberaba Dr. Daniel Rodrigues de Holanda, o Dr. Marcelo delegado titular de Rui Barbosa, Dr. Tomé delegado titular de Macajuba e Dr.
Alan delegado titular de Andaraí. Cada equipe da 12ª COORPIN foi composta por um delegado e três investigadores.

A operação policial denominada Terra do Nunca, culminou na prisão, na manhã de ontem (02/12), do publicitário Marcos Valério e de 14 outras pessoas acusadas de participar de um esquema de grilagem de terra e fraudes em registros de imóveis no extremo oeste da Bahia, foi originada por reportagens publicadas em 2005.

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De acordo com o promotor do Ministério Público da Bahia Carlos André Milton Pereira, a partir das reportagens começou a surgir denúncias, que passaram a ser apuradas. “Há 17 meses, surgiram as provas materiais que permitiram a abertura do inquérito e a investigação oficial”, afirma.

A operação foi desencadeada pela Polícia Civil da Bahia, com o apoio das Polícias Civis de Minas Gerais e de São Paulo e dos Ministérios Públicos da Bahia e de Minas. Foram cumpridos 23 mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos pelo juiz da comarca de São Desidério, Gabriel Moraes Gomes, a pedido do MP, em três Estados (Minas Gerais, Bahia e São Paulo). As investigações duraram 17 meses e foram coordenadas pelo Departamento de Polícia do Interior da Bahia (Depin) e lideradas pelo delegado de São Desidério, Carlos Ferro.

Ao todo, dez pessoas foram presas na Bahia, quatro em Minas e uma em São Paulo.

Os suspeitos, empresários, advogados e funcionários de órgãos públicos da Bahia, são acusados de falsificação de documentos públicos, falsidade ideológica, corrupção passiva e ativa e formação de quadrilha. Eles teriam montado um esquema de registro de imóveis inexistentes, que eram dados como garantia de transações financeiras.
“Os cartórios vendiam escrituras, apenas o papel, criando e adulterando áreas, localizações”, conta o delegado Carlos Ferro, que diz que o esquema existe na região desde 2000. “Os documentos eram verdadeiros, mas os imóveis, não”. Ferro afirma que, na maioria dos casos, a falsificação nem era cuidadosa. “A descrição das áreas era grosseira, não identificava os terrenos corretamente, podia ser de qualquer lugar”, diz. De acordo com ele, na última movimentação de Marcos Valério com os documentos falsificados, ele os teria apresentado, em julho do ano passado, como garantia de pagamento de uma dívida de R$ 158 mil com a Receita Federal.

Fonte: Site do Diário do grande ABC