Em um passo significativo para combater a pobreza energética no Brasil, o governo federal anunciou nesta segunda-feira a ampliação do acesso ao gás de cozinha, beneficiando 20 milhões de famílias até o final de 2025.
O anúncio foi feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante o lançamento da Política Nacional de Transição Energética.

A iniciativa, intitulada “Gás para Todos”, expande o atual Programa Auxílio Gás dos Brasileiros (PAGB), popularmente conhecido como Vale Gás. Embora o presidente Lula não tenha dado detalhes adicionais sobre as regras e critérios do novo programa, a promessa é clara: ampliar o acesso ao gás de cozinha, tornando-o um item essencial da cesta básica dos brasileiros.
O ministro Alexandre Silveira destacou a importância da nova política, que integra uma série de ações governamentais voltadas para a transição energética do país. “Nós teremos a missão de combater a pobreza energética e por isso hoje, historicamente, ampliamos o acesso ao gás de cozinha. O governo federal vai fornecer o botijão de gás de cozinha para mais de 20 milhões de famílias até dezembro de 2025. [O Gás para Todos] É o maior programa de acesso ao cozimento limpo do mundo. Vamos impulsionar o cozimento limpo e a substituição da lenha”, afirmou Silveira.
Durante o evento, Lula também criticou os altos preços do gás de cozinha praticados no mercado, ressaltando a necessidade de intervenção governamental. “A gente [governo] é obrigado a fazer política social. Quando fazemos política de gás, é porque o gás, hoje, tem de ser instrumento da cesta básica do povo brasileiro, que muitas vezes não consegue comprar o botijão, que sai da Petrobras a R$ 36 e é vendido em alguns estados a R$ 140”, disse o presidente.
Atualmente, o Programa Auxílio Gás dos Brasileiros beneficia 5,6 milhões de famílias, que recebem um auxílio de R$ 102 a cada dois meses para ajudar a cobrir o custo do gás de cozinha. Com a ampliação anunciada, o número de beneficiários crescerá em cerca de 257%, representando um investimento significativo por parte do governo.
O valor do benefício é calculado com base na média nacional do preço do gás, determinada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A iniciativa faz parte de um esforço maior do governo para assegurar que o gás de cozinha esteja disponível para todas as famílias, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade.
As famílias elegíveis incluem aquelas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal igual ou inferior a meio salário-mínimo por pessoa, e aquelas que têm algum membro recebendo o Benefício de Prestação Continuada (BPC).







